terça-feira, 24 de julho de 2007

_enciclopédia

No meu tempo de primário eu tinha uma enciclopédia. Enciclopédias são legais. Elas explicam todas as coisas que existem. Um humano jovem precisa ler enciclopédias porque assim ele adquire mais rápido todo conhecimento dos humanos que existiram antes dele e não precisa reinventar coisas que já forram inventadas. Porém com um humano jovem atual é diferente: ele pode ler os resumos. Humanos jovens atuais em geral só precisam comprar coisas e ler os resumos. De preferencia com ilustrações coloridas.
Deus existe? Qual o sentido da vida? O que é o mundo?
Simples: o mundo é formado pelo reino mineral (o chão), vegetal (rosas e alfaces) e animal (baratas, cães, humanos, etc.). O chão é um lugar para se pisar, as rosas são vegetais belíssimos e as alfaces não são bonitas mas podem ser comidas com sal e azeite. As baratas são feias e não acham as rosas bonitas, alias as baratas não acham nada porque elas não pensam, só os humanos pensam. O Dom de pensar é bom porque serve para inventar coisas como "veneno" que matam baratas burras e feias. Mas pensar faz os humanos ficarem espantados e cria duas capacidades: a de fazer perguntas e inventar frescuras. Pergunta é uma frase com um ponto de interrogação que da origem as enciclopédias. Frescura é algo que serve para complicar as coisas simples. Exemplo, a vida. Enquanto os animais apenas nascem, crescem, fornicam loucamente e morrem, os humanos precisam de maternidade, televisão, pijama, microondas, venenos, caixão. Pra fazer qualquer coisinha precisa comprar alguma frescurinha. E comprar coisas da trabalho, de modo que não sobra tempo pra ler enciclopédias, nem fazer perguntas. Então, pode-se ler os resumos (tipo este) e ser feliz. Desde que não apareça um maldito momento em que o sujeito se de conta do absurdo de tudo isso e conclua que sua vida tem tanto sentido quanto a de uma barata ou de uma alface. Porque aí é foda.

Um comentário:

Nanda disse...

Oi migo
Passando pra deixar mt beijinhos
e te disser que estou com saudades das nossas conversas.
bjo bem fofinho